sábado, 20 de março de 2010

Penso porque a gente...

Penso porque a gente vai se apegando. A gente se apega muito às coisas. E o tempo é uma aula de desapego constante. A gente sofre com os amigos que vai perdendo. Ao mesmo tempo, isso é uma das coisas boas que a proximidade com a poesia e a música me deram, essa consciência que as coisas vão ficando melhores, que a gente tem uma outra possibilidade de relação com o mundo. Embora nascido na cultura ocidental, da crepitude, que enxerga a velhice como deterioração, a poesia e a música me deram esse ensinamento que é de um outro lugar; dizem que é oriental. Tem uma cantoria que Jó Patriota fez de improviso e que diz: “Hoje eu não presto mais”. Aí, Manoel Xudu segue: “Todo poeta é capaz / É árvore que imuchesse / Caem as folhas / Fica o tronco / Por fora a casca apodrece / Mas quanto mais passa o tempo / Mais o miolo endurece”. E eu acredito nisso. Tanto que digo, “A bênção, Mestre Xudu!”.

Lirinha

e eu achei lindo !

sábado, 6 de março de 2010

Gestations II

My mother said to me that before my birth she had already visualized my face. Although it is a strange fact, it is the truest observation for me. I strongly believe that we can't give birth without the knowledge of the children's face. Even if not in details, all mothers have this previous wisdom in certain way. But I am not talking about children, I am talking about dreams. A dream is the seed of something, and as all the things, it is born in some hour. So, how can we bring a dream to the real life without knowing its face? Without knowing the branch of possibilities that it may bring? I am dreaming my dreams, I am doing this as the single mother who is wondering about the nine months gestation, not worrying about the smile of the baby.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Vens Quieta !

Ôh Felicidade ! Bicho sorrateiro !
você chega calada, silênciosa e me pega de surpresa.
Tu vens pela música, pela arte, e principalmente pelas cartas.
Justamente, quando eu estou pra concluir que não levo jeito pra auto-confiança...Bum ! Você chega, me diz as resposta intrínseca das coisas, me leva para meu centro.
Todos os caminhos são um só, e mesmo que eu não saiba como, tenho certeza que cedo ou tarde, vou encontrar minhas chaves. E o meu tesouro vai enfim resplandecer, compartilhado e infito.
OBRIGADO VIDA !